O Tribunal do Júri da Comarca de Bonfim acatou a tese do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) e condenou o agricultor Joaquim Bentes a 19 anos de prisão em regime fechado, com base no artigo 121 Código Penal Brasileiro, pelo assassinato da sua ex-esposa, Maria Celina Queiroz da Costa.

O julgamento ocorreu nesta quarta-feira, 27/8. O crime aconteceu há 16 anos, na Vicinal 4 - Colônia São Francisco, no município de Bonfim.

Maria Celina Queiroz foi mais uma vítima envolvendo violência doméstica familiar e deixou órfã uma menina - à época do crime tinha um ano de idade – fruto do casamento com o réu. A vítima estava no quarto, na companhia de seu namorado, quando foi atingida por um tiro de espingarda disparado através da fresta da janela.

Para o MPRR, Joaquim Bentes agiu por motivo torpe e ato que dificultou a defesa da vítima. Tirou a vida da dona de casa apenas por não aceitar o fim do relacionamento.

Julgamento

Durante o julgamento, o promotor de Justiça Substituto, Rogério Maurício Nascimento Toledo, que sustentou a acusação, fez um relato sobre a história da evolução dos direitos das mulheres, buscando com a criação da Lei 11.340/06 estabelecer uma igualdade material.

Rogério Toledo ressaltou a importância das denúncias feitas pela população, uma vez que muitas mulheres sofrem caladas até que, sem ninguém saber, são vítimas de crimes mais graves, como é caso de homicídio.

“O réu foi condenado a 19 anos de reclusão em regime fechado. A punição serve de exemplo para a sociedade no intuito de demonstrar as finalidades da pena, que entre elas, ressaltamos o de retribuição e o de prevenção geral, pois visa diminuir a criminalidade e evitá-la, coagindo outras pessoas do corpo social com a ameaça de uma pena grave, implacável e da qual não se pode escapar”, alerta o promotor de justiça substituto.
 

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