O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por intermédio da Promotoria de Defesa da Saúde, denunciou nesta terça-feira, 14, os médicos Miguel Martinez e Carlos Eduardo Campos Guerra, acusados de terem amputado erroneamente a perna da paciente Edi Maria Kunn Hirt, 77, durante uma cirurgia no Hospital Geral de Roraima, em abril do ano passado.
 

A denúncia foi baseada nas investigações conduzidas pela promotora de justiça de defesa da saúde, Jeanne Sampaio. Os médicos responderão pelo crime de lesão corporal seguida de morte. Além deste crime, Miguel Martinez responderá, ainda, pelos crimes de falsificação de documento público e falsidade ideológica, por ter adulterado o prontuário médico da vítima.
 

A promotora ressalta que a intenção do médico era alterar a verdade dos fatos e fazer todos acreditarem que ele teria sido induzido a operar a perna errada da vítima. “Miguel Martinez adulterou o `Laudo para solicitação de autorização de internação hospitalar´ da vítima, na tentativa de transformar a letra “E”, que indicava esquerda, numa letra “D”, para fazer parecer que a justificativa constante naquele documento era uma fratura em seu quadril direito, o qual havia acabado de operar”.
 

O MPRR requer que os acusados sejam julgados e condenados pelos crimes cometidos. Segundo o Código Penal, a pena para a lesão corporal seguida de morte pode chegar a 12 anos de reclusão. Quanto ao crime de falsificação de documento público, a previsão do código é de dois a seis anos de prisão e multa e, para o crime de falsidade ideológica, a previsão é de um a cinco anos, também, de reclusão e multa.
 

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