OPERAÇÃO COLLARIS: MPRR e PF investigam funcionários fantasmas na prefeitura de Boa Vista
Na manhã desta quarta-feira, 30, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), em parceira com a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Collaris, cujo objetivo é desarticular esquema fraudulento e criminoso existente na folha de pagamento da Secretaria Municipal de Educação de Boa Vista.
As investigações, coordenadas pelos promotores de justiça que integram o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão MPRR, tiveram início em março de 2011 e culminaram em 81 mandados de busca e apreensão na secretaria, escolas e creches municipais e, em cinco mandados de prisão temporária de pessoas suspeitas de envolvimento. Todos os mandados já foram cumpridos.
Segundo o coordenador do Gaeco, promotor de justiça Carlos Paixão, as fraudes ocorreram entre os anos 2010 e 2011, e consistiam em incluir nomes de servidores temporários na folha de pagamento do município, alguns deles não tinham, sequer qualquer vínculo com a prefeitura.
Ainda segundo Carlos Paixão, foram detectadas inúmeras irregularidades quanto a servidores fantasmas, pessoas contratadas e que não trabalhavam, fato caracteriza entre outras coisas, peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de quadrilha.
O nome da operação, Collaris, refere-se ao nome científico do gafanhoto e foi escolhido pela PF em alusão à similaridade do esquema dos “Gafanhotos”, desarticulado em setembro de 2002 e que teve grande repercussão em Roraima e no Brasil afora, por causar danos de mais de R$ 200 milhões ao erário do Estado.
"Novos pedidos de prisão não estão descartados. Os nomes das pessoas investigadas não serão divulgados nessa fase do processo para que não haja prejuízo na colheita de provas", concluiu Carlos Paixão.
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