VIOLÊNCIA: Justiça condena policiais do BOPE por agressão
A pedido do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), a Justiça condenou quatro policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), por agressão contra as irmãs Daniele Oliveira Ramos e Jucilene da Silva Oliveira.
A sentença condenatória foi prolatada dia 4 deste mês. Os réus T.M.S, D.P.S e M.S.E foram condenados a quatro meses de detenção por lesão simples e o 2o sargento O.M.C, comandante da Guarnição no dia da ocorrência, que causou leão grave em uma das vítimas e lesão leve na outra irmã, foi condenado a três anos e seis meses de detenção.
Conforme denúncia feita pelo MPRR, por intermédio da Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial, em novembro de 2012, nas proximidades do Posto de Combustível "Trevo", as irmãs foram violentamente agredidas por policiais militares a serviço.
Segundo o promotor de justiça Carlos Paixão, as vítimas sofreram várias lesões. A violência contra uma das irmãs, Daniele Oliveira, foi tão grave que ela teve a perna quebrada com um golpe de bastão desferido pelo sargento comandante da guarnição.
A ocorrência
Consta nos autos que dia 28 de novembro de 2012 por volta de 3 horas da manhã, Daniele Oliveira e Jucilene Oliveira, que moram próximo ao posto de combustível em questão, foram a uma loja de conveniência onde na porta do estabelecimento estava estacionada a viatura com os denunciados, em patrulhamento de rotina. Na oportunidade, em em tom de brincadeira, Daniele comentou com sua irmã sobre a presença dos PMs, momento em que Jucilene respondeu não ter medo, pois nada devia para a Polícia.
Minutos após saírem da loja, as irmãs foram surpreendidas pela abordagem dos policiais que as espancaram de forma violenta, chegando a quebrar a perna direita de Jucilene, por motivo fútil. Ou seja: pelo simples fato de terem ouvido o diálogo das vítimas.
“ A atitude brutal dos denunciados só cessou porque algumas pessoas correram para socorrê-las enquanto os réus, de maneira covarde, entraram na viatura e fugiram. Um funcionário do posto de combustível foi quem acionou o SAMU, acrescenta o promotor de justiça.