27/11/08 -OPERAÇÃO BASTILHA: Ação do MPE e da Polícia Federal desbarata quadrilha de crime organizado em presídio

Postado por admin em nov. 27 2008 00:00:00

A Policia Federal, em parceria com o Ministério Público Estadual desbaratou, na última quarta-feira (26) , uma suposta quadrilha composta por pessoas que integram o sistema prisional e também por detentos, que comandavam o crime organizado no sistema prisional de Roraima.

A Operação denominada Bastilha culminou na prisão de 15 pessoas, entre eles estão um major e um cabo da Polícia Militar, um policial civil e cinco agentes carcerários. Os demais são presidiários que cumpriam pena na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

De acordo com o superintendente da Polícia Federal, José Maria Fonseca o resultado da operação foi mais uma vez positivo devido ao empenho dos órgãos envolvidos no combate ao crime. “Essa operação foi desenvolvida em parceria com Ministério Público Estadual para tirar do meio da sociedade Roraimense elementos de altíssima periculosidade, dados a prática dos crimes de homicídio e formação de quadrilha”, destacou.

Diante das denúncias de maus tratos e mortes dentro do Sistema Prisional, em fevereiro deste ano, a Procuradoria Geral de Justiça designou um grupo de promotores para apurar os fatos, o que resultou na operação Bastilha.

De acordo com Ricardo Fontanella titular da Vara de Execuções Penais e um dos promotores que compõe a Força Tarefa do Ministério Público Estadual, a violação dos direitos humanos dentro do Sistema Prisional já vinha ocorrendo há muito tempo. “Através dessas denúncias foi possível chegar a esse resultado e há quatro meses, com o apoio da Polícia Federal, conseguimos avançar nas investigações”, frisou.

Durante a investigação foi constatado que a suposta quadrilha praticava vários tipos de crime dentro da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, “nós detectamos vários crimes dentro da PA, dentre eles tráfico de drogas, envolvimento com crime organizado, e outros crimes que ainda estão sendo apurados, como extorsão, espancamentos, dentre outros”, disseram os promotores.

Segundo o Ministério Público, dependendo do andamento das investigações, as prisões provisórias de 30 dias poderão vir a ser prorrogadas.


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