Acusado de executar empresário da aviação é condenado a mais de 21 anos
Cirilo Barros Ferreira, 64, acusado de ser o executor dos disparos que matou o empresário do ramo de aviação Francisco Mesquita, mais conhecido como Chico da Meta, em maio do ano passado, foi condenado pelo Tribunal do Júri a mais de 21 anos de prisão. O julgamento aconteceu no Fórum Advogado Sobral Pinto e durou cerca de 15 horas.
Cirilo foi condenado por homicídio duplamente qualificado – assassinato por motivo torpe (vingança) e pela impossibilidade de defesa da vítima – além de porte ilegal de duas armas, inclusive, uma de uso restrito. Apesar de ter sido intimado por edital, o réu não compareceu ao júri e foi julgado à revelia. Ele encontra-se foragido e deverá cumprir pena em regime fechado.
Segundo as investigações do Ministério Público do Estado de Roraima, Vibaldo Nogueira Barros, proprietário da empresa Paramazônia Táxi Aéreo, mas conhecido como Vivi, foi o mandante do crime. “Entre ele a vítima, havia um desentendimento anterior relacionado a anulação de um processo licitatório realizado pela Fundação Nacional de Serviço de Saúde (FUNASA)”, relata um dos trechos da denúncia do MPRR.
Conforme a promotoria do caso, a empresa de Vibaldo havia sido prejudicada pelo ajuizamento de um mandado de segurança impetrado pela Roraima Taxi Aéreo Ltda., de propriedade da filha de Chico da Meta, com o propósito de anular todo o procedimento licitatório.
Vivaldo encontra-se preso no Quartel do Comando da Polícia Militar e aguarda julgamento de recurso impetrado por ele junto ao Tribunal de Justiça de Roraima, no qual alega não ter participação no crime, fato que impossibilitou seu julgado ontem, juntamente com o executor dos disparos que vitimou Chico da Meta.
Caso – Chico da Meta foi executado na noite do dia 12 de maio de 2011, por volta das 20h30, com vários tiros de arma de fogo de uso restrito quando chegava ao seu carro estacionado próximo a uma pizzaria onde havia acabado de jantar. Os dois acusados foram presos minutos depois do crime, na casa de Vivi, no bairro São Francisco. Tanto Vivi quanto Cirilo negaram as acusações, mas as provas e os depoimentos de testemunhas colhidos contrariaram as alegações dos acusados e eles foram presos em flagrante.
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Ministério Público do Estado de Roraima
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