Acusado de ser o mandante da execução do empresário Rogério de Oliveira Rosa, mais conhecido como Rogério BC, ocorrido em agosto de 2007, será julgado pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira, 16, no Fórum Advogado Sobral Pinto, em Boa Vista. A vítima foi executada a tiros por Carlos Alberto de Souza, a mando de Gessé Diomar Mendes Barros, na frente da esposa e da filha de dez anos de idade, no domingo Dia dos Pais, quando chegava a um de seus supermercados.

Segundo denúncia proposta pela 1ª Promotoria Criminal de Justiça do Ministério Público do Estado de Roraima, os réus serão julgados pelo crime de homicídio triplamente qualificado, uma vez que planejaram a execução da vítima por motivo torpe, usando recurso que dificultou a defesa de Rogério BC.

Gessé Diomar não foi localizado para ser intimado pessoalmente da sessão plenária do Júri e Carlos Alberto está recluso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo desde junho de 2009. Se condenados, deverão cumprir pena que pode chegar a 30 anos de reclusão.

Marco Antonio Bordin de Azeredo, promotor de justiça que sustentará a acusação dos réus, espera que eles sejam condenados. “A expectativa do Ministério Público é que o mandante e o executor do crime sejam condenados. Vamos ao Tribunal preparados para que isso ocorra, esperamos que os jurados, com a soberania legal que possuem, representem, naquele ato, o desejo de Justiça da sociedade”, destaca.

No mesmo ano em que ocorreu o assassinato, Gessé Diomar teve a prisão preventiva decretada, mas só se apresentou à Justiça após conseguir, junto ao Superior Tribunal de Justiça, habeas corpus que lhe assegurou o direito de responder ao processo em liberdade.

Em 2010, conforme investigações feitas pela 4ª Promotoria de Justiça Criminal, Gessé Diomar foi preso em flagrante ao dirigir alcoolizado e portar armas ilegalmente. Pouco tempo depois, o réu conseguiu autorização da Justiça para responder esse processo também em liberdade.

No entanto, segundo o MPRR, Gessé mudou de endereço sem comunicar à Justiça, descumprindo as condições da autorização. Sendo incerto seu paradeiro e a impossibilidade de sua regular citação, a Justiça expediu outro mandado de prisão, no último dia 16 de maio, o qual ainda não foi cumprido, uma vez que o réu não foi localizado.

Além da acusação de ser o mandante do assassinato de Rogério BC, Gessé Diomar Mendes Barros responde a processos por porte ilegal de armas, direção perigosa e tentativa de homicídio contra um sobrinho, ocorrida no ao de 2006.


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