Júri condena guianense acusado de atear fogo em venezuelanos a 53 anos de reclusão
A Pedido do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), o Tribunal do Júri condenou na tarde desta sexta-feira, 8 de novembro, o guianense Gordon Fowler, conhecido como "Jamaica", a 52 anos de reclusão, por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra seis venezuelanos.
Os crimes ocorreram nos dias 5 e 8 de fevereiro do ano passado, em Boa Vista. O primeiro caso ocorreu na madrugada do dia 5 e as vítimas foram uma mulher e um homem que estavam dormindo na varanda de uma casa. O caso ocorreu na rua Sabiá, bairro Mecejana e foi registrado por câmeras de segurança.
No segundo fato, Gordon ateou fogo contra uma família de venezuelanos que dormiam com a janela da casa aberta. Na ocasião, além do casal, encontravam-se no local, a filha de 3 anos e 7 meses e um bebê de um ano de idade. O casal e a filha tiveram parte do corpo atingido pelas chamas e foram submetidos a tratamento médico.
Segundo o MPRR, o caso de maior risco foi da filha, que já fez uma cirurgia no rosto, porém ainda deverá passar por outros procedimentos cirúrgicos em razão da gravidade das queimaduras.
Ainda, de acordo com o MPRR, o réu cometia os crimes com o uso de álcool e isqueiro. Segundo as investigações, Jamaica tinha ódio de venezuelanos em razão de um suposto roubo de sua bicicleta, por isso, decidiu se vingar.
A acusação foi sustentada pelo Promotor de Justiça, Carlos Paixão de Oliveira. O Júri foi realizado no Fórum Criminal, localizado no bairro Jardim Caranã, na capital.
Na sentença, os jurados acompanharam o pedido do Ministério Público e condenaram o réu por tentativa de homicídio triplamente qualificado, previsto no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (motivo torpe), III (meio cruel) e IV (recurso que dificultou a defesa da vítima) do Código Penal.
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