O Ministério Público de Roraima (MPRR), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher,  participou nesta terça-feira, 08 de março, de ações conscientizadoras sobre violência de gênero, o papel e direitos da mulher na sociedade. 

A Promotora de Justiça de Defesa da Mulher, Lucimara Campaner, conversou com cerca de 500 estudantes do ensino fundamental, no Colégio Estadual Militarizado Dr. Luiz Rittler Brito de Lucena, na capital. O bate papo com a Promotora fez parte da programação do evento temático “Mulheres: lutas, conquistas e direitos!” com o objetivo de dar visibilidade à atuação das mulheres na sociedade, bem como serem protagonistas de suas próprias histórias.

Na conversa com as estudantes, Lucimara pontuou que a educação é um importante e eficaz caminho para que adolescentes e mulheres alcancem a necessária emancipação pessoal e socioeconômica, que abre oportunidade de trabalho e renda, o que significa independência social e preparo para enfrentar os desafios da vida, incluindo, até mesmo, melhores condições para se livrar de um relacionamento abusivo.

A Promotora também fez exposição e apresentou a rede de proteção às mulheres existente em Boa Vista, como a da Casa da Mulher Brasileira, onde funciona a Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher. “Trata-se de um equipamento de política pública para as mulheres que oferece diversos serviços coordenados e integralizados de apoio, caso ocorra alguma violência ou algum fato que implique violação de direitos das mulheres”, explicou a Promotora. 

Desde o início do funcionamento da Promotoria de Defesa da Mulher junto à Casa da Mulher Brasileira, em 19 de novembro de 2021, foram realizados mais de 250 atendimentos, assim como diversas demandas e interesses das mulheres foram solucionados, independentemente do acionamento da justiça, o que gerou eficiência na resolução das questões. 

Lucimara Campaner ainda participou de um Webinário organizado pela COPEVID – Comissão Permanente de Combate a Violência Doméstica contra a Mulher (formada por membros do MP brasileiro), a qual compõe o Grupo Nacional de Direitos Humanos – GNDH, órgão do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG).

O Webinário com transmissão ampla e visando contemplar todos os Ministérios Públicos propôs ciclos de palestras, tendo por finalidade promover reflexões no dia Internacional da Mulher e trouxe à tona o questionamento: O que temos a comemorar?

“Percebe-se que há avanços, não deixando de mencionar a Lei Maria da Penha e as medidas protetivas de urgência que contribuem em muito na interrupção do ciclo de violência doméstica, todavia é imprescindível continuar avançando na garantia de uma gama de demandas das mulheres, como o direito à sua autodeterminação livre de quaisquer violações e discriminações à sua condição de mulher, no intuito de buscar incansavelmente uma sociedade mais justa e igualitária”, concluiu a Promotora.