Recomendação do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) motivou a transferência de reeducandos do Sistema Prisional hospitalizados no Hospital Geral de Roraima com objetivo de liberar espaço para leitos que serão transformados em 30 unidades de terapia intensiva e utilizados no tratamento de pacientes com Covid-19.

Os reenducandos sem sintomas da Covid-19 foram transferidos para ala reformada da Cadeia Pública destinada ao atendimento médico, a fim de receberem a assistência de saúde necessária.

A Recomendação da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público foi expedida nesta segunda-feira, 25 de janeiro, após diligência realizada no local que constatou a existência de espaço que era utilizado para atendimento de detentos do sistema prisional que não possuem diagnóstico de Covid-19.

De acordo com o Promotor de Justiça Luiz Antônio Araújo de Souza, que esteve em todas as alas do HGR, os reenducandos transferidos não apresentam risco de morte. “Tem outro fator importante que era o grande trânsito de policiais armados dentro do ambiente hospitalar e essa não é uma condição adequada para tratamento de pessoas que estão gravemente acometidas de Covid-19”,

As transferências foram realizadas na madrugada e a previsão é que ainda nesta terça-feira, 26 de janeiro, dez leitos de UTI já estejam disponíveis.

Ainda segundo o Promotor, a medida é assertiva para resguardar a saúde da população e também para que haja a aplicação devida dos recursos públicos no combate à pandemia.

“Em decorrência da ausência de leitos de UTI disponíveis no HGR o Estado tem que arcar com transporte aeromédico para outros estados da federação, mas muito além de preservar o erário, o acatamento da recomendação por parte dos secretários Marcelo Lopes e Alexandre Salomão significa que mais de trinta pessoas serão salvas e o Ministério Público é solidário nessa batalha em defesa da vida”, concluiu o Promotor de Justiça.

Assessoria de Comunicação Social
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