MPRR recorre de decisão que libertou acusado de matar empresário

Postado por admin em jul. 23 2019 12:27:14

O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) interpôs recurso contra decisão judicial que resultou no relaxamento da prisão de Eriton Leitão Brandão, suspeito de matar o empresário Antônio Coelho de Brito, de 69 anos, a golpes de pá, no último dia 16 de junho. O crime foi praticado na oficina mecânica da vítima, no bairro Pricumã.

No pedido, protocolado no dia 22 de julho, o MPRR, por meio da Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri pede a reformulação da decisão e que seja decretada a prisão temporária do investigado.

Eriton Leitão Brandão foi posto em liberdade no dia 12 de julho. Na ocasião, o MPRR havia manifestado pela decretação da prisão temporária para se realizar novas diligências na tentativa de elucidar o crime. Mas, o juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri indeferiu o pedido e decidiu soltar o preso.

Para o Ministério Público, a prisão temporária do acusado é imprescindível ao êxito das investigações, em razão do risco iminente do suspeito fugir. Consta no recurso que o amazonense Eriton Brandão não possui residência fixa e chegou há menos de dois meses em Boa Vista. Também não constam nos autos declaração ou cópia da Carteira de Trabalho que comprove emprego fixo na Capital.

O promotor de Justiça do Tribunal do Júri, Diego Oquendo, alerta ainda para o fato de o acusado ter antecedente anotação criminal referente a um crime de violência doméstica, praticado no dia 07/06/2019, nove dias antes da morte do empresário.

"A soltura do acusado cria um cenário de pânico e uma sensação de impunidade no já caótico seio social de Roraima, incentivando a prática de novos delitos graves e deixando em desprestígio os órgãos encarregados da manutenção da paz pública e da Justiça", lamenta o Promotor.

Entenda o caso
O empresário Antônio Coelho de Brito, o Simbaíba, de 69 anos, foi assassinado a golpes de pá, na própria oficina, no bairro Pricumã. Na ocasião, a vítima flagrou o indiciado dentro da sua propriedade.

À época, após realizar diligências, a polícia chegou a prender dois venezuelanos suspeitos do crime. Porém, novos indícios levaram à prisão de Eriton Leitão Brandão. A identificação do acusado foi possível a partir de imagens obtidas das câmeras de segurança, localizadas nas imediações da oficina da vítima.

Depois de confessar que matou o empresário, Eriton Brandão foi encaminhado à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc), onde ficou preso por 23 dias.


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