Operação da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por intermédio da Promotoria de Justiça de Pacaraima, resultou na prisão nesta terça-feira, 24/01, do ex-prefeito do município de Uiramutã, Eliésio Cavalcante de Lima, além de ex-secretários e servidores acusados de peculato, entre outros crimes.

Ao todo, a operação batizada de “Jatevu”, que significa “praga do carrapato” em linguagem indígena, resultou no cumprimento de nove mandados de prisão, 20 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva.

Conforme as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Pacaraima, o ex-prefeito, com o auxílio de servidores do alto escalão da administração municipal, gerenciavam o esquema de desvio de verbas públicas da prefeitura de Uiramutã.

Apurou-se, ainda, que ao final da gestão do ex-prefeito e a seu mando, os acusados extraviaram vários documentos públicos da Prefeitura, bem como da sede da representação do município localizada em Boa Vista, com o objetivo de dificultar a identificação de condutas criminosas e danos que causaram ao erário.

O extravio dos documentos pelos investigados foi flagrado através de circuitos de segurança. Os fatos foram confirmados pela atual gestão municipal de Uiramutã, que denunciou o caso à Polícia e à Promotoria de Justiça de Pacaraima.

Constatou-se, ainda, que o ex-prefeito firmou contratos com diversas empresas em 2016, porém, não foram encontrados documentos na prefeitura ou mesmo no prédio da representação do município que comprovem a realização de tais atos.

Parecer do Ministério Público

Diante dos fatos apresentados nas investigações, o MPRR manifestou pela busca e apreensão e requereu a decretação da prisão preventiva dos investigados, incluindo o ex-prefeito Eliésio Cavalcante de Lima, sua esposa, ex-secretários e outros servidores, bem como a condução coercitiva dos demais envolvidos.

Conforme o promotor de justiça substituto da Promotoria de Pacaraima, Diego Oquendo, os elementos apresentados nas investigações comprovam a prática delitiva dos investigados.

“As diligências da Polícia Civil apontam indícios de que quase todos os investigados possuem patrimônios incompatíveis com a renda que auferiam enquanto servidores da prefeitura de Uiramutã”, destaca.

Os envolvidos são acusados pelos crimes de peculato, extravio de livro ou documento e ainda, por integrar organização criminosa.

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