Tráfico de entorpecentes: MPRR apresenta alegações finais contra 21 réus da operação Teto Baixo
O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) apresentou para a Justiça as alegações finais, que são os últimos argumentos do órgão ministerial antes da decisão judicial, em desfavor de 21 réus por tráfico de drogas e associação para o tráfico entre estados da federação.
A denúncia criminal é decorrente da Operação Teto Baixo, deflagrada pela Polícia Federal em outubro de 2019, após longo período de investigação. A operação agiu com a intenção de desarticular associação criminosa que atuava no tráfico interestadual de drogas. Na ocasião, foram cumpridos 106 mandados judiciais nos estados do Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Roraima.
As investigações iniciaram em 2016, após queda de um avião no município de Caracaraí, no sul do estado, e ao mesmo tempo, e também por meio de diversas denúncias anônimas que apontavam a existência do grupo criminoso atuando aqui no estado.
De acordo com a denúncia protocolada pela Promotoria de Justiça Especializada em Crimes de Tráfico Ilícito de drogas e Crimes Decorrentes de Organização Criminosa, os envolvidos utilizavam aeronaves de pequeno porte para transportar drogas de Roraima a outras localidades do país.
Durante o período de investigação, foi possível identificar que os 21 réus atuavam em três grupos definidos, entres eles, os responsáveis pela comercialização dos entorpecentes, os pilotos que conduziam as aeronaves com carregamento de drogas entre as bases da organização criminosa e, ainda, aqueles que atuavam exclusivamente na logística, como na construção de pistas clandestinas de pouso e abastecimento dos aviões usados pelo grupo.
As investigações policiais também comprovaram que os pilotos da aeronave dissimulavam rotas de navegação aérea, registrando planos de voos para regiões de Roraima, porém, voavam para outras localidades. Segundo as alegações apresentadas pelo MPRR, durante as investigações, foram apreendidos mais de 500 kg de cocaína em aeronaves que estavam a serviço do bando.
Caso sejam condenados, a pena de cada um dos réus pode chegar a 40 anos de prisão.
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