O Ministério Público Estadual, por intermédio da 6ª Promotoria de Justiça Criminal recebeu na tarde de ontem (28), os familiares de Cecília de Carvalho Néry, 26 anos, assassinada na madrugada da última segunda-feira, 25 de janeiro, supostamente por seu marido, Jeová Martins Rocha, de 25 anos.
 

Os pais da vítima foram recebidos pelos promotores de Justiça Ricardo Fontanella e Ulisses Moroni Júnior, que atuam na 6ª Promotoria de Justiça Criminal com atribuição na Lei Maria da Penha. Na ocasião, os pais foram orientados acerca do processo, que a partir de agora tramita na 6ª Vara de Justiça Criminal.
 

Os promotores afirmam que "a vítima já tinha registrado ocorrência contra Jeová, em janeiro de 2007, na Delegacia de Defesa da Mulher. Na ocasião, Jeová foi preso em flagrante pela prática de lesão corporal em Cecília, tendo ficado preso por 45 dias. Foi solto, endo-lhe concedido direito de responder ao processo em liberdade, em março do mesmo ano" explicam os promotores.
 

Os promotores esclareceram ainda que, conforme os registros "a ofendida em nenhum momento requereu concessão das medidas protetivas previstas na Lei 11.340/06. Consta também que, desde a ocorrência inicial não se teve mais notícias de seu atual paradeiro."
 

Segundo Fontanella e Moroni Júnior, "o proceso terá trâmite regular e o Ministério Público não poupará esforços para que a justiça seja feita e o acusado condenado. Mesmo com a morte de Cecília Néry, o processo relativo a lesão corporal sofrido por ela segue o curso normal, independentemente do processo relativo ao crime de homícidio cometido contra ela, que teve início neste momento", explicaram.
 

Foi esclarecido ainda que, "mesmo com o falecimento da ofendida, o processo relativo à violência doméstica, consistente na lesão corporal, irá adiante, independentemente do novo processo relativo ao crime de homícidio, o qual a investigação ocorre na Delegacia Geral de Homídios em Boa Vista", concluiram os promotores.
 

O Caso

Cecília de Carvalho Néry foi encontrada morta no quarto de uma estância onde morava, no bairro Tancredo Neves, em Boa Vista. O principal suspeito do crime é o marido dela, Jeová Martins Rocha, que encontra-se foragido.
 

Segundo a polícia, o acusado dormiu ao lado do corpo da vítima e pela manhã saiu com a filha do casal de 3 anos. A suspeita é que ela foi morta por estrangulamento. O crime aconteceu entre a noite de domingo e madrugada de segunda-feira (25).


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